terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Aniversário do meu amigo

O Blog Ibirataia parabeniza hoje (17/12) Marcos Moura.


Hoje é o aniversário do cara mais esforçado que eu conheço, te desejo todo sucesso do mundo que seus sonhos se realizem.
Espero que Deus permita a você ainda muitos e muitos anos de vida, que sua alegria de viver continue contagiado muitas pessoas.
Parabéns meu amigo!

Aniversário do Escritor

O Blog Ibirataia parabeniza hoje(17/12) o escritor e poeta Achel Tinoco.


Meu amigo Achel, não sou uma escritora como você, mas escrevo aqui o que meu coração te deseja neste dia do teu aniversário, realizações, muitos livros editados e vendidos, muito sucesso.
E o talento de um escritor precisa ser reconhecido, principalmente quando ele faz aniversário. É por isso que hoje seu aniversário eu só posso dizer que o seu trabalho é incrível, que sempre estou lendo seus livros, admiro seu trabalho, a sua capacidade de criar outra realidade (melhor ou pior que a nossa)


           Feliz Aniversário!
Pelo seu aniversário e por se expressar tão bem por meio das palavras, meus parabéns!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Conta pra Mim



Ufa, que ótima ideia!
O que é isso? “Programa de estímulo à literacia familiar, ou seja, de leitura pela família para as crianças. Incentivar a leitura para crianças no ambiente familiar. É com esse objetivo que o Tito, mascote deste programa do Ministério da Educação (MEC), embarcará em uma viagem pelo Brasil. Além da presença do ursinho, cheio de histórias, os shoppings irão ganhar espaços do Conta Pra Mim. Contadores de histórias também estarão presentes e vão ensinar práticas e atividades de literacia familiar, isto é, técnicas de interação durante a contação de histórias e de leitura em voz alta com as crianças.
Meninos e meninas que são estimulados desde cedo à leitura e à brincadeira dentro de casa tendem a chegar mais aptos e habilidosos nos anos iniciais do ensino fundamental”.
Verdade, tudo é o exemplo. Se seus pais têm o hábito de ler para você todos os dias, claro que você terá mais facilidade de gostar de ler, e isso vai por toda sua vida. Todo escritor que conheço, ou mesmo aquele que apenas li a biografia, relata que aprendeu a gostar dos livros por causa dos pais ou dos avós que liam para ele. Gabriel Garcia Márquez, por exemplo, contou em muitos dos seus livros as próprias peripécias da infância, quando os avós liam para ele, contavam histórias, inventavam casos. Eu mesmo tenho viva em mim a imagem do meu pai, que estava sempre lendo ao fim de cada tarde, e me declamava poemas, debatia comigo o fim de um romance, fazia questão de me indicar livros. Foi por causa dele que li o primeiro livro de José Saramago, chamado “Todos os nomes”. E olha que me fez uma péssima crítica: disse-me que o livro era cansativo, chato, monótono, e nele só tinha um personagem: o sr. José. Mas que eu lesse. Ora, me apaixonei e li, posteriormente, todos os livros desse escritor português genial.
A leitura enfeita a mente da criança, tornando-a mais ligeira, criativa; e enriquece a mente do adulto, tornando-a coerente, organizada, desenvolvida. 
‘Conta pra mim’ e para todas as crianças sempre uma boa história.

Achel Tinoco poeta e escritor

Cachorros brigavan até a morte o perdedor virava churrasco

 

A polícia fechou uma rinha clandestina de cães, em Mairiporã, grande São Paulo, na noite do último sábado (14), e prendeu 37 pessoas. Entre elas, um médico veterinário, um médico de almas, empresário, americano, mexicano, peruano, policial militar, menores. Estavam todos lá dentro. O que significa que não é apenas um ato praticado por ignorantes, mas, principalmente, por dementes, estúpidos, desumanos. Muitos animais feridos, um morto, outros esperando para brigar e morrer posteriormente. E o homem lá, assistindo a tudo, orgia e prazer, enquanto que a mulher do homem está em casa, decerto, janela aberta, camisola preta, bobs nos cabelos, esperando pelo Ricardão.
Mas qual a novidade desta matéria? O próprio homem muitas vezes se mata dentro duma rinha, a qual ele chama de ringue, ou no meio da rua. Tanto para se exibir, quanto por perversidade, ou, meramente para defender sua honra. Mas qual honra? Aquela que pegou a mulher na cama refestelando-se com o Ricardão ou essa que obriga dois animais inocentes a brigarem até a morte? Não bastasse, põe canários na gaiola, cavalos na baia, porcos no chiqueiro, gentes no espelho até que se estranhem, até que se olhem, até que se matem.
Para ele, o homem, é diversão; para os animais, é sobrevivência ou instinto. Não importa. É cruel do mesmo jeito.

Achel Tinoco escritor e poeta

domingo, 15 de dezembro de 2019

Animal Contraditório



O homem é, antes de tudo, um animal contraditório. Pois então vejamos: ele deve ser o único que destrói para depois construir; polui para depois despoluir, faz guerra para depois buscar a paz. Mas corre para dentro de casa quando a tempestade chega. Não tem paz. E voa tão alto, que chegou ao Sol com asas de cera e contaminou a Natureza. A dele e a dos outros. Escureceu os céus, plastificou os mares, intoxicou as terras. Plantou, mas pouco colheu, ou colheu em demasia, mais do que sua ambição lhe permitia. Os rios respiram com dificuldade, o homem o assiste, sabe que o moribundo precisa de socorro, mas pouco faz. Desiste. Ao invés de recuperá-lo, replantar suas margens, oxigenar suas águas, ele busca outros rios noutras galáxias; ao invés de conviver pacificamente com os mares, navegá-los prazerosamente, ele os entope de lixo até a boca; ao invés de proteger a terra, cultivá-la com sabedoria, ele a capina grosseiramente e a deixa nua. Vai morar na Lua. O homem não se conscientiza de que precisa evoluir-se, reciclar-se, educar-se, mas constrói pontes que, muitas vezes, não ligam uma extremidade à outra, ficam pelo caminho a desenhar desumanidades. Depois de tudo, floreia o mesmo discurso existencial:
“Vamos salvar o Planeta”. 
O homem é um tronco sem raiz, sempre à espera que não venha a tempestade.
 

Crédito:Achel Tinoco poeta e escritor
Foto: Escultura Frans Krajcberg

sábado, 14 de dezembro de 2019

Motoristas de Aplicativo

Por Achel Tinoco


Um crime horrendo aconteceu na manhã de sexta-feira (13), em Salvador, no bairro de Mata Escura, na comunidade chamada, sugestivamente, de Paz e Vida. Nenhuma paz; pouca vida. Quatro  motoristas de aplicativo foram chamados por duas travestis, capturados por três homens, colocados em cativeiro, torturados e depois executados a golpes de facão e enrolados em lonas, além de um gambá também morto em cima de uma cama dentro do barraco, que não sei o que isso quer dizer. Foram identificados como sendo Alison Silva Damascena dos Santos, de 27 anos, Sávio da Silva Dias, de 23 anos, Daniel Santos da Silva, de 31 anos, e Genivaldo da Silva Félix, de 48 anos. Oxente, e vocês não ficaram sabendo dessa notícia? Não foi capa do JN? Não saiu em edição extraordinária? Nada. Aconteceu na Bahia, terra de paz e de alegria, onde tudo acontece, menos violência, menos assalto, menos morte. Além do quê, o fato não aconteceu em um confronto com a polícia, portanto a polícia só chegou depois e não pôde ser culpada. Aí a repercussão é pouca. Foram apenas quatro trabalhadores assassinados brutalmente, um gambá comum que não despertou a paixão de ambientalistas, e um quinto homem que escapou da emboscada e chamou a policia. Dizem, dizem que o motivo de tanta estupidez foi a enfermidade da mãe de um traficante. Ela teria passado mal e ao pedir socorro, os carros de aplicativo se negavam a comparecer, alegando dificuldade de chegar, ou medo. O filho, possesso, ordenou que todo motorista encontrado na localidade fosse morto. Agora imaginem a comoção se, ao invés dos trabalhadores, fosse o traficante preso, ou condenado, ou morto por engano!
Vamos protestar. Sim, mas quem vai ouvir?
Tão somente, meus sentimentos às famílias!

Crédito:Escritor Achel Tinoco

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Aniversário do cantor Luciano Bachata

O Blog Ibirataia parabeniza hoje (13/12) Luciano Bachata.



Felicidade, paz e alegria é tudo que desejo para você neste seu dia tão lindo e especial, tudo é possível, por isso sonhe ainda mais alto do que já sonhou e conquiste tudo aquilo que ainda
não conquistou.


Feliz Aniversário!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

O Vereador Marquinhos do Cacau convida



O Vereador MARQUINHOS DO CACAU tem a honra de convidar toda população para o encerramento dos trabalhos Legislativo de 2019 no dia 16 de dezembro na Câmara Municipal de Vereadores de Ibirataia as 18:30 horas. Onde na oportunidade estará prestando contas do seu mandato. Contamos com a presença de todos.

Marquinhos do Cacau
Nosso Vereador

O Mudo


   Por Achel Tinoco


Desde a infância que nos acostumamos com ele: alegre, brincalhão; de uma pureza e docilidade contagiantes. Não sei se tudo entendia do que dizíamos, ou melhor, do jeito que gesticulávamos, já que não sabíamos a língua dos sinais (LIBRA). Mas é certo que conseguíamos nos comunicar. A cada brincadeira, ele retribuía com gestos, caretas, risos. Só ficava bravo jogando bola. Era goleiro. Mas não podemos mentir e dizer que era um bom goleiro, a bola passava por entre suas mãos com a mesma facilidade com que passa a baba do quiabo por uma peneira. Ainda assim, ele reclamava do time, jogava os braços para cima, grunhia e partia para cima de um adversário. Nada que precisássemos nos preocupar, na verdade não brigava com ninguém, e era tão simpático que ninguém conseguia brigar com ele. Olha que era preto, pobre e da roça. Não, não, isso não importava nem um pouco. Racismo, sequer tínhamos ideia do que era. Éramos livres. Éramos todos da roça. Não o zoávamos porque ele era preto, ou pobre, ou da roça, tão somente quando levava um tremendo frango. Aí, todos os impropérios lhe eram direcionados. Pouco importava, ele não ouvia mesmo, mas decerto entendia perfeitamente a situação, e lá estava outra vez a sorrir, pronto para buscar a bola no fundo das redes; dar-lhe um pontapé do tiro de meta ao meio do campo. E foi assim por toda a adolescência, parecia nunca deixar de ser menino, de ser moleque, de ser o Mudo. O querido Mudo, agora adulto, trabalhava nos arredores da Tesourinha, montava nos burros, andava de bicicleta. E foi, injustamente, montado numa bicicleta atropelado por um carro na beira da estrada.
Alguém veio correndo nos avisar:
“Domingos morreu”.
“Quê?! Mas quem é Domingos, homem?”
“Domingos, o Mudo”.
Ah, meu Deus!...
O nome dele era Domingos. 
Que pena!

Achel Tinoco escritor e poeta com diversos livros publicados, recentemente lançou O Castelo de Wilhelm Hermann e Avenida Oceânica 3003.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Aniversário do Meu Tio

O Blog Ibirataia parabeniza hoje (11/12) Vicente Machado.

Hoje é seu aniversário tio, mas você merece parabéns todos os dias pela pessoa maravilhosa que você é, seu bom-hunor e alegria são inspiradoras e me ajudam a ser mais otimista.
Tio, fica muito difícil consequir agradecer tudo aquilo, que você já fez por mim. Gosto muito de você é desejo que sua vida seja sempre longa e feliz. Que você consiga sempre alcançar seus sonhos e que na sua vida nunca falte sucesso o amor, a amizade e a paz.
                           
Feliz Aniversário Tio!
    Te Amo.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

A Morte do Rio

A Morte do Rio

                             Por Achel Tinoco

Como em todo lugar, na Tesouras tinha um rio que se chamava Formiga. Mas por que Formiga? Certo coronel bolinava uma mocinha na margem do rio, quando uma formiga cabeçuda ferroou-lhe o saco velho, provocando tanta dor e falatório que o rio passou a ser conhecido como o Rio da Formiga.
Como eu ia dizendo, o rio era forte, caudaloso, bonito. Nele, podia-se pescar cambute, xixiu, traíra, piau. Nele, podia-se beber as águas na concha das mãos, que não fazia mal. O rio era um patrimônio, um bem, um rio. Sim, o rio era apenas o rio, que se o deixássemos lá, estaria lá até hoje a correr plenamente na direção do mar, sem que ninguém o tocasse, mas usufruíssemos dele... Foi então que chegou o homem, como chega a todo lugar, e achou que o rio era sua lata de lixo, embora o defenda com unhas, menos com os dentes, porque já não tem coragem de enfiar a boca nas suas correntezas. Não há mais correntezas. As águas as levaram para o mar e nunca mais as trouxeram de volta. Ficou um fio de esperança... O rio foi perdendo o viço, a cor, a força. Quando se arrisca a passar, passa definitivamente, vai se desfiando. Ninguém mais se afoga dentro dele, tão somente a lembrança distante de Arlindo sendo levado pelas águas, bêbado. Resta a formiga teimosa cortando o que lhe resta de folhas secas que o vento traz de algum lugar e despeja nas suas margens assoreadas. As autoridades fingem que cuidam do rio, embora não precisem dele, talvez de uns votinhos que ele possa lhes proporcionar na próxima eleição; a população cobra o conserto de um braço que ela própria quebrou, embora não o leve muito a sério. Encane-o. Já passou a tempestade. Ninguém tem pena do rio, continua a despejar dentro dele toda a miséria, calúnia, difamação. O rio aceita, porque é de sua natureza aceitar, mas já não corre, não navega, não vai ao mar. Fica ali na beirada da rua: uma ilha plastificada de imundice, chorume, papelão.
Então, para melhorar a situação do rio, unimo-nos todos e vamos mudar o nome da cidade. Chamar-se-á agora Ibirataia, o que quer dizer, na língua dos índios que o protegiam, pau que arde na beira do rio. Mas talvez fosse mais produtivo mudar o nome do rio, e não o da cidade, alguém de bom alvitre há de sugerir, para fingirmos que por lá passa outro rio, que não este que vimos descrevendo, e que se chama Formiga, o Morto. Deixemo-lo com a mesma alcunha por uma questão de homenageá-lo, como fizemos com aquele pau desfolhado que se quedou em suas beiradas e deu nome a esta cidade, que diz gostar do rio, e até protegê-lo, no entanto faz a sentinela deste moribundo há anos, sem nada fazer para salvá-lo da morte. Morto está. Enterremo-lo, pois. Mas alguém aí sabe como se enterra um rio?
Ora, demos ao mesmo o nome de Francisco — morto;
Rio das contas — morto;
Rio sapucaia — morto;
Rio do jandaia — morto;
Rio da água branca — morto;
Rio do Oricó — morto;
Rio da Formiga — morto.
E sem o rio, a cidade está morta.
Estamos todos mortos.
Amém.

Cena Clássica

 Flávio Bolsonaro aparece num culto da Lagoinha, em Orlando, é chamado ao palco, recebe oração solene, posa de ungido e sai como pré-candida...