Depois da vidraça de casa, está a mata;
E depois da mata, está a Cidade de Aquém,
E depois da Cidade de Aquém está a paca
Que caminha para se jogar no mar além.
Está perdida feito eu que olho pela vidraça
E só vejo na paisagem árvores seculares
De galhos grossos que não se entrelaçam
Nem criam raízes de cedro para os altares.
O que vejo é o que está exposto em mim:
Um emaranhado de cipós e folhas caídas
Que apodrecem, mas não adubam o chão.
Secam à mercê dos troncos de angelim
Que as absorvem sobre campas floridas,
Para ver se tem sossego o meu coração.
Crédito: Escritor Achel Tinoco

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