sábado, 27 de dezembro de 2025

A Cidade de Alguém

 

Depois da vidraça de casa, está a mata;

E depois da mata, está a Cidade de Aquém,

E depois da Cidade de Aquém está a paca

Que caminha para se jogar no mar além.


Está perdida feito eu que olho pela vidraça

E só vejo na paisagem árvores seculares

De galhos grossos que não se entrelaçam

Nem criam raízes de cedro para os altares.


O que vejo é o que está exposto em mim:

Um emaranhado de cipós e folhas caídas

Que apodrecem, mas não adubam o chão.


Secam à mercê dos troncos de angelim

Que as absorvem sobre campas floridas,

Para ver se tem sossego o meu coração.


Crédito: Escritor Achel Tinoco 

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