Fachada lisa abria-se à amplitude azul oceano. A fortaleza dos Ávila, em forma de U, tinha janelas altas e retangulares, protegidas com barras de ferro e seteiras, grandes batentes sobre os arcos do sótão, pátio interno, salões e quartos ligados por escadas de ladrilho. As janelas do interior das galerias se estendiam até o solo e eram protegidas por duas grades de ferro. Existiam ainda masmorras no subsolo onde prisioneiros holandeses e índios eram castigados, e um sombrio compartimento com uma entrada única que dava na praia por um canal subterrâneo — reza a lenda, os corpos ali introduzidos eram picados à faca, em seguida os pedacinhos eram jogados para alimentar quatro onças guardiãs do porão.
Ali, Garcia d’Ávila se instalou em 1563, na residência mais monumental do seu tempo em todas as Américas. Da Casa da Torre, expandiu seus currais até a fronteira com o estado do Maranhão e sua fortuna em uma das maiores da Bahia, chegando a ser considerado o maior latifundiário de todo o mundo.
E na Praia do Forte aportaremos "O CASTELO DE WILHELM HERMANN".
Em setembro.
Aguarde.
Crédito: Achel Tinoco poeta e escritor de diversos livros, entre eles, Vilarejo Dos Anjos, editora Novo Século.
