Caiu uma só lágrima no chão,
Fria e transparente e menina.
Resgatei-a na palma da mão,
E ela tornou-se urgente e fina.
Uma rapariga sem intenção
De se pintar ao velho costume
Das mulheres que choram, então,
Por qualquer coisa, até por ciúme.
Pintou-se, outrossim, de preto
Aquela lágrima impura na cor,
Que desceu dos olhos do gueto
Como uma gota de fúria e sabor.
Mas não pôde, sequer, chorar:
O sal a refez em transparência
E a emergiu do fundo do mar
Para que desafiasse a ciência.
Contatou-se que tudo é sódio;
Que a lágrima não se altera,
Nem quando se faz de ódio
E mata em nós o que a espera.
Credito: Escritor Achel Tinoco eha
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#ciencia
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