Pintura: Eduardo Lima
Os galhos secos deste sertão
Cobrem a família, sem vê-la,
Sob a casa de taipa encoberta,
A não ser luzir de uma estrela.
E vai a mulher mortiça até a fonte
Verificar se a água límpida nasceu.
Uma cachorra seca a acompanha,
Como pra digerir o que não comeu.
O homem moribundo volta da roça,
Trazendo na arapuca um calango,
Que ainda precisa ser moqueado.
O fogo estrepita, qual fosse troça,
Sem saber se vai cozinhar o frango
Ou se vai ser, outra vez, apagado.
Credito: Escritor Achel Tinoco
#sertão
#pintura
#caatinga
#poesia

Nenhum comentário:
Postar um comentário