Sinto-me qual um cavalo-marinho: só,
e nada mais me serve e me completa.
Sou uma ‘Penny-Farthing’ — bicicleta
cujos pedais de aço não têm valor.
Caiu numa poça de lama e afundou,
fincando as rodas na terra — atolada.
Ninguém que a socorresse na estrada;
enferrujou-se cada engrenagem de cor.
Assim estou, esperando um passante
que socorra o meu olhar alquebrado
E conecte os pedivelas à roda dianteira.
Sou o que restou de um doce amante
das coisas fugidias e ternas do passado,
que tanto amou — não tem mais fronteira.
Credito: Escritor: Achel Tinoco

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