Ai de mim, que já não tenho sono,
Nem esperança de um dia o tê-lo.
Desenrolo a linha que há no novelo
E esqueço o tempo, sentado no trono.
Não me encanta a primavera santa
De flores coloridas e tão diversas.
O que me importam são as peças
Que teço até se formar uma manta.
Para mim, apenas um verso basta,
Ainda que me faça seu prisioneiro,
Sob a luz mortiça de um candeeiro
Que da escuridão assim me afasta.
A vida que tenho cabe numa gaveta,
Dentro da qual guardo o que penso,
Mas não consigo ser mais intenso
Quanto o era ao aspirar uma boceta.
Credito; Escritor Achel Tinoco
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