Ouço tua voz morna na janela,
E canto uma canção à capela
Que exalta o teu jeito de olhar.
Reviravas meu corpo ao sol
Sob o teu sorriso de girassol,
Que brotava na beira do mar.
Em pouco, rolavam na areia,
Como quem chama a sereia
Para participar de uma festa.
Pululam as ondas — quem?
Cobrem-se naquele "vaivém”
E gozam na presença desta.
Cansados, adormecem rotos;
Um sonha nos braços do outro
Que esse idílio é um ovo goro.
Sopra o vento na janela aberta,
Assusta-me a canção desperta:
Foi um sonho de mau agouro.
Credito: Escritor Achel Tinoco

Nenhum comentário:
Postar um comentário