Que olhar vai ao futuro,
Se à frente está um muro
Inconcreto de contenção?
Não sei o que há depois
Desse arrimo que se foi
Em busca de explicação.
Gostaria de transpô-lo,
Sem causar tanto rolo
Tal obstáculo de não ver;
Que o olhar vai tateando
Como um cego de mando
A ponto de se perder.
Mas o futuro, sabe-se lá,
Passa o tempo a esperar
A chegada do caminhante,
Que em muro se disfarça
— A luz, o verso e a graça
Da lucidez desse instante.
Credito: Escritor Achel Tinoco
Nenhum comentário:
Postar um comentário