Eras tu que irias envelhecer junto comigo,
E eu nem ia perceber que envelheceste,
Porque a beleza neste caso é um abrigo
De tudo o que amamos e nos impuseste.
Cada ruga, então, seria como um beijo
Que damos na criança que está dodói.
E cada olhar dado, de amor e de desejo,
Trocamos pelo carinho que se constrói.
Seria a convivência pacífica e harmoniosa
Entre o casal que já não enxerga defeito,
Nem rusgas de quando começa a namorar.
Enfim, envelheceu, sem um botão de rosa,
Mas o espinho longo que enfiaste no peito
De quem, ao teu lado, jamais envelhecerá.
Crédito: Escritor e Poeta Achel Tinoco
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