quinta-feira, 17 de julho de 2025

Legado

 

Talvez eu seja o Quintana

Que esperou a vida inteira

      Pelo pouso solidário 

       Do Falcão,

Condenado que foi

A confessar sua pena

Com as próprias mãos;

       Ou seria o Pessoa?

 Ele não era nada.

 Nunca foi nada.

       Mas, à parte isso, 

Tinha todos os sonhos do mundo.

Pelo menos, como o Machado honesto,

Não tive filhos 

        E não transmiti a nenhuma criatura

O legado de minhas misérias.

        Vá lá saber se tudo é poesia!

Credito: Escritor Achel Tinoco 

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