Foto: Achel Tinoco
Canta a pedra que não pode amolar
A panada tosca do facão corneta.
Sob a lua minguante, cai um cometa
Que faz reboliço nas ondas do mar.
E o facão ficou terrivelmente cego,
Porque a pedra não o soube amolar.
Jogou-se contra um velho jequitibá,
Mas pouco produziu — pediu arrego.
O peão o quebrou, para ser bodoco:
Servisse apenas à quebra do cacau,
Até partir a cabaça ou cortar o dedo.
A mãe-da-lua, atenta ao luar pouco,
Ouve a pedra cantar sob o vendaval:
“Não faço o pé do facão; tenho medo.”
Credito: Escritor Achel Tinoco
#cacau
#Jequitibá
#peão
#vendaval
#poesiaautoral












