No Tempo dos Mil- Réis
Chegamos a uma encruzilhada na vida
Em que a própria vida se faz estorvo,
Qual se perdesse a função e a serventia
E a nossa presença fosse a casca do ovo.
Quem nos acompanha, também se cansou
De tanto nos ver definhar e arrastar os pés.
E o olhar se perde no que ficou para trás
A nos lembrar daquele tempo dos mil-réis.
Ouvimos apenas o que convêm à existência
E só nos lembramos das coisas distantes,
Como para fugirmos da fraqueza das pernas.
Voltamos a nos ver no espelho, sem crença,
E as rugas proeminentes são frias amantes
Que nos deixaram marcas como lanternas.
Credito: Escritor e poeta Achel Tinoco#poesia
#velhice
Comentários