quinta-feira, 29 de maio de 2025

Tempo Parado

 

Quantas horas tem, enfim,

Que este tempo não passa?

Parou de envelhecer-te;

Partiu sem bolsa a alça.


Tua face não se alterou,

Apesar dos fios brancos

Que tingem a sobrancelha

Sobre estes versos mancos.


Tudo foi movimento:

A folha morta no talo

Ficou suspensa no ar.


Mas, porque não há vento,

Espera o sol queimá-lo

Para cair ao luar.

              Crédito: Escritor e poeta Achel Tinoco


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