Na ilha em que me escondi
Mora um monstro solitário
Que vive irresoluto em mim,
Como um porto arrendatário.
Não se dá ao mar que o cerca,
Nem nunca saiu para pescar,
Receoso de se prender à cerca
E não conseguir mais voltar.
O monstro é a ilha que se esqueceu,
Que vive dentro de mim e não sai,
Com medo de ser visto pelo atalaia.
Não tem outro olhar senão o meu,
Pois não sabe quem sou, mas vai
Caminhando lentamente pela praia.
Credito: Escritor e Poeta Achel Tinôco
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