Poema da Paz
Lá longe vem um barquinho de papel,
Vem ao sabor dos ventos e das marés
Como se não tivesse pressa de chegar
E trouxesse a carga da vida como ela é:
Para mim, sem paz.
Faz séculos que a encomendei aos céus,
Que me viesse, eu a caminho do paraíso
Para usufruir dela por algumas vaidades
E depois distribuí-la, pois não preciso:
Para mim, tanto faz!
Chegou com duas lágrimas de atraso,
Que já não me serve para quase nada.
Aqueles que a têm, que a replantem
Na beira-mar de todas as estradas:
Porque para mim, não serve mais.
Credito: Escritor e Poeta Achel Tinôco
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