Glicerina da Conceição Ferreira, Mucama Alforriada da Bahia

 Retrato de Glicéria da Conceição Ferreira, mucama alforriada da Bahia, 1872. Carte de Visite de Carneiro e Gaspar. 

Foto: Acervo do Arquivo Nacional

Essa Fotografia é de um raro documento histórico em que a indentidade de uma escrava alforriada é identificada, trata-se de Glicéria da Conceição Ferreira, que foi mucama de Dona Leopoldina Augusta Sá Barreto, rica senhora de engenho do recôncavo baiano, que alforriou Glicéria no ano de 1870 e que se mudou para Corte Imperial. No verso da "Carte de Visite" a uma mensagem dedicada a "Excelentíssima senhora Dona Leopoldina Augusta Sá Barreto, respeito e gratidão, amizade eterna, oferecida em 6 de abril de 1872 por Glicéria da Conceição Ferreira"

As mucamas, escravas de dentro de casa, dedicadas à senhora e às crianças, deveriam quase que, necessariamente, saber costurar, ao menos o básico, como fazer barras de vestidos,pregar botões, realizar pequenos remendos. Machado de Assis notava que:  "Há de ser alguma patuscada, dizia ela, mudando a posição de um alfinete. Benedita, vê se a barra está boa. Está, sinhá, respondia a mucama de cócoras no chão"

A partir da década de 1870 mulheres livres passarem a ser empregadas no serviço doméstico na corte imperial. Em sua obra "Proteção e obediência", a historiadora Sandra Graham, faz um estudo sobre patrões e criadas, onde diz quanto ganhava uma costureira, além de evidenciar um hábito comum nas famílias cariocas: a presença de costureiras residentes e livres .


Crédito: Brazil Imperial

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