Esvaziando o Cântaro
Quem enfim prestou atenção
Ao cântaro que eu carregava?
Estava cheio de ti, a saudade?
Ele me dizia que sim, estava.
Carregava-o sobre uma rodilha
Para não me doer a cabeça alva
Mas doía, e doía mesmo assim
A saudade que eu carregava.
E dentro do estranho vasilhame,
Com as duas asas de porcelana,
A essência que ia dentro exalava.
Despejei sob um pé de inhame
O que me doía e não era bacana:
A saudade que eu carregava.
Credito: Escritor e poeta Achel TinocoT
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