Miguel Sotto


 


Qual parte de mim deteriorou-se?

Aquela que foi cortada por uma foice

E deixou de sobra um toco de falta.

Essa falta que ainda sinto do toco 

Que me faz falta e me fez coto

De uma lembrança incauta.


O olhar se perde na distância

Como se fosse de uma criança

Cheia de dó do que não tenho.

Por birra, corto o dedo no cepo

E corro, até que me estrepo

Na dor do meu engenho.


Tanto sangue, que me envergo

E me envergonho do amor cego

Que decepou a minha falange.

Não me faz falta esse osso

Que deve ter caído no poço,

Mas por falta dele o coração range.

            Crédito: Escritor e Poeta Achel Tinoco


#poemas 

#Tinoco 

#ibirataia

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