Retrato de Mãe

 



Aquela que pouco dormiu

Que chorou, que sorriu

Muitas vezes de desespero.

Mas nunca deixou de cuidar com esmero

O filho que tinha o nariz escorrendo

Que já era grande, mas ainda era pequeno.

E precisava de atenção.

Que não podia se olhar no espelho,

O filho vinha com os olhos vermelhos

Para segurar sua mão.

E a luta para lhe dar de comer:

“Se não comer, você vai ver!”

E depois para educá-lo:

Cada passo, um atalho

Até caminhar sozinho

Sem deixar de ser um menininho;

Mais tardar, um bebê.

E a mãe segue na sua missão

De ver o filho realizado

E mesmo depois de casado

Há de socorrê-lo muitas vezes

Ao passar por revezes

Ainda que se acanhe,

Porque lá vem os netos,

Que são filhos, outros afetos,

E ela volta a ser mãe.

              Credito: Escritor e Poeta Achel Tinoco



Comentários

Postagens mais visitadas