A história do nome do filho de Cássia Eller
Em 1993, Cássia estava grávida de oito meses de seu filho, Francisco (o Chicão, como ela carinhosamente o chamava), quando Renato Russo a presenteou com a canção 1º de Julho. Chicão nasceu em 28 de agosto deste mesmo ano, e não no dia 1º de julho, como muita gente pensa, e não se sabe ao certo o motivo do nome da canção, podem haver diversas interpretações para a importância da data, mas apenas os personagens realmente envolvidos na história poderiam nos revelar, e eles – infelizmente – não estão mais aqui para nos contar.
Chicão é fruto de um relacionamento casual de Cássia Eller com o amigo e baixista de sua banda, Tavinho Fialho. Tavinho sofreu um acidente de carro e faleceu dias antes do filho nascer. Nessa época, Cássia já vivia um relacionamento estável com a companheira de uma vida, Maria Eugênia, que assumiu a maternidade de Chicão junto com Cássia.
Depois da morte de Cássia Eller, Maria Eugênia lutou na justiça – contra o pai da cantora – pela guarda do filho, e ganhou a causa, tornando-se o primeiro caso do tipo na justiça brasileira e abraçando uma causa importantíssima. Cássia, antes de morrer, disse em entrevista que pretendia casar com Maria Eugênia, com quem vivia há 14 anos, quando o projeto de lei de reconhecimento da união civil entre homossexuais fosse aceito no Congresso Nacional. Pena que não deu tempo, mas as duas já consideravam-se casadas.
O nome de Chicão foi escolhido por Cássia depois que ela escutou uma canção instrumental de Milton Nascimento chamada Francisco, que traz belíssimos improvisos vocais e vocalizes de Milton. Cássia se apaixonou pela canção e depois a gravou como participação especial no disco do guitarrista Nelson Faria, Ioiô, também de 1993, com vocalizes tão incríveis quanto os de Bituca. Tempos depois, ela contou para Milton que tinha escolhido o nome de seu filho por conta da canção.
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Fonte: NOVA BRASIL FM
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