Corpo Estranho
Fui remando e remando a vida
Por águas solitárias
Até naufragar. E a meu ver:
Não sabia nadar.
Nada sou à espera dos ventos
Que me guiem mar adentro
Sem prever a chegada.
É imperativo sonhar.
E amar a bonança que me abriga
Das tempestades da mente
Afora o pensar.
Ouço o coração e isso me intriga:
Um corpo muito estranho
A me navegar.
#soneto
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