A Primeira mulher presa por motivos políticos no Brasil
Patrícia Galvão, fez parte do movimento modernista. Produziu ilustrações, charges, escreveu romances, poemas, trabalho no teatro etc. Ela também teve uma vida de militante feminista e foi a primeira mulher a ser presa por motivos políticos no Brasil. Conhecida como Pagu, nasceu em 9 de junho de 1910. A família de Pagu fazia parte da classe média alta. Aos dois anos, ela se mudou para São Paulo junto de seus familiares. Tornou-se um dos grandes nomes das artes no Brasil. Em São Paulo ela estudou no Colégio Caetano de Campos e no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Durante sua adolescência, Pagu estudou na Escola Normal do Brás. Sua primeira experiência profissional se deu aos 15 anos, quando ela começou a trabalhar no Brás Jornal, escrevendo artigos com o pseudônimo Patsy. Aproximou-se de artistas e intelectuais, e um deles era o poeta Raul Bopp. Ele a apresentou para Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, dois ícones do movimento modernista brasileiro. Pagu aproximou-se do casal e eles a introduziram no Movimento Antropofágico.
Nessa fase, Pagu já era considerada uma jovem bastante moderna para os valores da época. Ela gostava de usar os cabelos curtos, fumava em público, usava roupas transparentes e tinha um comportamento não compatível com os valores conservadores da sociedade brasileira da década de 1920. Foi nesse período de sua vida que ela passou a ser conhecida como Pagu. Isso aconteceu graças ao seu amigo Raul Bopp, que escreveu um poema chamado “O Coco de Pagu”. O apelido Pagu surgiu de um erro, pois Raul pensou que o nome dela fosse Patrícia Goulart. Ao se aproximar do casal Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, Pagu foi convidada a produzir desenhos para a publicação coordenada por Oswald, a revista Antropofagia. Aqui se iniciou a trajetória de Pagu no meio artístico. A proximidade de Pagu com Oswald de Andrade fez com que eles iniciasse um romance, que resultou em um grande escândalo na época. O escândalo se deve ao fato de que Pagu já estava grávida quando se casou com o poeta. Dessa gravidez nasceu o único filho do casal, Rudá Poronominare Galvão de Andrade.
Credito: Juliana Luna
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