Por Achel Tinoco
Aprendamos a ‘reandar’. Como assim? A andar falando no celular. Sim, depois de nos levantarmos sobre os pés e caminhar para frente, havemos novamente de aprender a andar: andar com um olho pregado no chão e o outro na tela do pequeno aparelho. E neste quesito, ainda engatinhamos, porque vez por outra “testamos” ao poste, à coluna, a outrem que vem de lá. Ah, o celular! O celular que nos faz esquecer o volante do carro, e, por instantes, nos faz esquecer o retrovisor da própria vida. A vida pouco importa diante da importância do celular, diante da luzinha piscando sem parar, diante do toque incessante e particular. Para cada toque uma função, uma observação, uma demão. Escuta, o celular está tocando: deixamos tudo para depois; o tempo que já passou; o futuro sempre à mão. O homem já não tem o braço que o ampare, tem o celular como extensão... Mas não tem um toque que nos desperte? Que nos assuste e nos liberte? Que nos tire do transe, e dessa peste? Que nos aparelhe o caminho do coração? Tem não. Desta vez, nem o olhar do vizinho, nem o canto do passarinho, nem as crianças no ninho. Estamos sozinhos a conectar a máquina insensata de nós mesmos.
Ah, um minuto: o meu celular está tocando...
Volto já!
Aprendamos a ‘reandar’. Como assim? A andar falando no celular. Sim, depois de nos levantarmos sobre os pés e caminhar para frente, havemos novamente de aprender a andar: andar com um olho pregado no chão e o outro na tela do pequeno aparelho. E neste quesito, ainda engatinhamos, porque vez por outra “testamos” ao poste, à coluna, a outrem que vem de lá. Ah, o celular! O celular que nos faz esquecer o volante do carro, e, por instantes, nos faz esquecer o retrovisor da própria vida. A vida pouco importa diante da importância do celular, diante da luzinha piscando sem parar, diante do toque incessante e particular. Para cada toque uma função, uma observação, uma demão. Escuta, o celular está tocando: deixamos tudo para depois; o tempo que já passou; o futuro sempre à mão. O homem já não tem o braço que o ampare, tem o celular como extensão... Mas não tem um toque que nos desperte? Que nos assuste e nos liberte? Que nos tire do transe, e dessa peste? Que nos aparelhe o caminho do coração? Tem não. Desta vez, nem o olhar do vizinho, nem o canto do passarinho, nem as crianças no ninho. Estamos sozinhos a conectar a máquina insensata de nós mesmos.
Ah, um minuto: o meu celular está tocando...
Volto já!
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