Pairava um silêncio radioativo nas ruas,
E baratas desesperadas corriam nuas,
Em busca de uma boca de lobo.
Nenhum escapamento de carro ouvi,
Nenhuma criança que pudesse sorrir,
Nenhum homem que se julgasse probo.
Foi a guerra de palavras que fez isso:
Deixou a vida sem ter compromisso
E impôs ao coração um imenso vazio.
A intolerância refez o olhar do menino
E fez a noite se perpetuar no céu divino,
Esvaziou o mar e o reator de Chernobyl.
Perdemos a capacidade de acreditar
No próprio homem que se patrocina
E nos põe de joelhos diante do Criador.
Somente a fé não alimenta a esperança,
E, quando eu segurei o choro da criança,
Entendi que a vida é um "quarto" de dor.
Credito: Escritor Achel poeta Achel Tinoco
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