Minha vida está afeita a esperar:
Que os céus se abram em alinho,
E me vergastem as hastas de linho,
E me guardem na vastidão do mar.
Nada eu tenha, que não seja tudo,
O que importa para eu me desatar.
Leve um sorriso a quem me olhar,
Faça zunir o ouvido de um surdo.
E, quando à noite o céu se estrelar,
Eu conte a esse amor que não tive
Sobre o amor que, em mim, ative
A esperança de me fazer cantar,
Sob o manto das estrelas vadias,
Que ainda luzem, mas estão frias.
Credito: Escritor e poeta Achel Tinoco
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