Quando chegam, depois das horas,
Sempre me encontram prostrado.
Estou assim num péssimo estado,
Como quem quer dormir, e demora.
Não, nunca é possível tal bênção:
Esse milagre vil de apagar a vida
Por muitas horas, sem despedida,
Para dar um descanso ao coração.
Eles ficam hostis, ao pé do ouvido,
Repetindo toda a miséria de existir,
Sem o suficiente para meu sonhar.
E eu penso que já estou dormindo,
Mas me assusto com o que vai vir:
Outros demônios para me acordar.
Crédito: Escritor e Poeta Achel Tinoco
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