O homem trazia o cântaro vazio,
Que a vida não conseguiu enchê-lo.
Tinha a sede de dez ou mais camelos
Ao debruçar seu deserto na beira do rio.
Desejou apenas uma cuia de farinha.
Que lhe mitigasse a fome, a carne seca;
E ainda que lhe parecessem pecas,
Duas ou três frutas-pão e uma pinha.
Apertou o chapéu de palha contra o peito
E com a outra mão fez o sinal leniente da cruz
Como se pedisse perdão aos seus.
Espiou a paisagem a qual tinha direito
E se cobriu sozinho com as águas azuis
Que turvaram o universo, graças a Deus!
Credito: Escritor e poeta Achel Tinoco
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