Por Achel Tinoco
Tudo bem, a língua é dinâmica e inquieta, mas certos modismos e gírias, às vezes, passa da boca. Ouçamos: “Tá ligado”, como se fôssemos um carregador de celular. Foi tanto “tá ligado”, que a bateria descarregou, graças a Deus. Mas eis que me chega o politicamente estúpido “Boa noite a todas e a todos”, como se o gênero saísse nuamente pelado do armário. E neste caso, não seria sem roupa, mas bruguelo, sem uma pena. É pouco? “Bem-vindas e bem-vindos”, caros leitores, até parece um sambinha de cabaré. Seria de bom alvitre um tempinho nesses modismos linguísticos, que nos desse tempo de preparar os ouvidos para novas investidas... Qual nada: chegou com força e prosperidade o famigerado “Tipo”. E é tipo isso, tipo aquilo, tipo o ex-carrinho da Fiat, que era o Tipo, que se ainda hoje existisse, seria tipo um carro popular, como popularesca está a nossa língua, tão feia e maltratada. Qualquer dentista moderno nos dirá que é preciso escovar também a língua. No caso da nossa língua falada, faz-se preciso não apenas escová-la como também poli-la pouco mais. Não por boçalidade, mas por consideração aos nossos ouvidos. “Tá ligado”? Ah, sim, um linguista, desses que não sabem o tamanho da língua, mas vive tão “Bolado”, há de nos explicar que o que importa é o entendimento entre as partes. Tipo, se ele entendeu o tipo que tá ligado nos sapinhos da língua, basta que lhe mostre a ponta, que ele, o ouvinte, entenderá que os girinos palatáveis ali instalados o foram por uma contaminação oral. Portanto, desejo a ele tão somente uma boa noite a toda e a todo linguista impuro que assim pensa, já que não sei se ele é do tipo que tem uma língua ou um línguo a ralar dentro da boca. Por isso, nem lhe posso mandar um beijo, no máximo uma bitoca à distância.
“É nóis, mano!”
Tudo bem, a língua é dinâmica e inquieta, mas certos modismos e gírias, às vezes, passa da boca. Ouçamos: “Tá ligado”, como se fôssemos um carregador de celular. Foi tanto “tá ligado”, que a bateria descarregou, graças a Deus. Mas eis que me chega o politicamente estúpido “Boa noite a todas e a todos”, como se o gênero saísse nuamente pelado do armário. E neste caso, não seria sem roupa, mas bruguelo, sem uma pena. É pouco? “Bem-vindas e bem-vindos”, caros leitores, até parece um sambinha de cabaré. Seria de bom alvitre um tempinho nesses modismos linguísticos, que nos desse tempo de preparar os ouvidos para novas investidas... Qual nada: chegou com força e prosperidade o famigerado “Tipo”. E é tipo isso, tipo aquilo, tipo o ex-carrinho da Fiat, que era o Tipo, que se ainda hoje existisse, seria tipo um carro popular, como popularesca está a nossa língua, tão feia e maltratada. Qualquer dentista moderno nos dirá que é preciso escovar também a língua. No caso da nossa língua falada, faz-se preciso não apenas escová-la como também poli-la pouco mais. Não por boçalidade, mas por consideração aos nossos ouvidos. “Tá ligado”? Ah, sim, um linguista, desses que não sabem o tamanho da língua, mas vive tão “Bolado”, há de nos explicar que o que importa é o entendimento entre as partes. Tipo, se ele entendeu o tipo que tá ligado nos sapinhos da língua, basta que lhe mostre a ponta, que ele, o ouvinte, entenderá que os girinos palatáveis ali instalados o foram por uma contaminação oral. Portanto, desejo a ele tão somente uma boa noite a toda e a todo linguista impuro que assim pensa, já que não sei se ele é do tipo que tem uma língua ou um línguo a ralar dentro da boca. Por isso, nem lhe posso mandar um beijo, no máximo uma bitoca à distância.
“É nóis, mano!”
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