Vão-se os sonhos no final da tarde,
Buscar pouso nas árvores de cerejeira.
Nem sempre conseguem adormecer,
Mas voltam sempre à minha cabeceira.
Um tanto sem cor, frágeis, desidratados,
Como se estivessem soltos ao relento,
À procura de realizações tão sonhadas
Que deveriam vir desenrolar o tempo.
Restaram-me amanheceres sombrios
Que obrigam a tecitura de um ninho,
Para abrigar o meu olhar moribundo.
Outra vez, vão-se os sonhos já vazios,
Cobrir de noite quem estiver sozinho,
Como eu estou, neste fim de mundo.
Credito: Escritor e poeta Achel Tinoco
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