Por Achel Tinoco
O celular é uma praga. Já o sabemos. Mas eis que chegou um 'bichinho' chamado ZapZap. Uma maldição. Ninguém mais pensa, ninguém namora, ninguém caga sem tê-lo ao lado. E se o seu banho é demorado, não tem problema, ele já vem à prova d’água. Por causa dele, as pessoas se batem pelo meio das ruas, tropeçam nos passeios, arrancam a cabeça dos dedos; os motoristas não prestam mais atenção ao trânsito, estão de cabeça baixa; e nos restaurantes, já não se brinda, já não se come, já não se conversa, estão todos a esperar o assobio do danado do 'passarinho'. Falta pouco, não precisaremos mais da Língua. Voltaremos a ser primitivos e a nos comunicarmos através dos sinais sonoros do ZapZap. As crianças nascerão sem ‘pinto’ e sem ‘popoca’, mas com dedinhos automáticos, já adaptados às teclas do celular...
Que assim não seja.
Amém!
O poeta e escritor Achel Tinoco é autor de vários livros entre eles Vilarejo dos Anjos, Perdendo a metade de mim e vários outros.
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