O Silêncio do Governante
(Achel Tinoco)
Silêncio.
O silêncio do sertão esturricado
que não geme e não se faz ouvir;
do Sol que o esbofeteia impunemente
e faz toda a gente de gado;
daquele pai que perde um filho;
de Deus que secou o pasto.
O silêncio inocente da espera.
A lágrima que rola terra abaixo
pela face valada do sertanejo
como um boi de arrasto
pisoteia as nuvens escuras
das águas de março.
Um silêncio amargo:
está o sertão à frente,
o homem caminha só,
passa o governante ao largo.
Silêncio.
(Achel Tinoco)
Silêncio.
O silêncio do sertão esturricado
que não geme e não se faz ouvir;
do Sol que o esbofeteia impunemente
e faz toda a gente de gado;
daquele pai que perde um filho;
de Deus que secou o pasto.
O silêncio inocente da espera.
A lágrima que rola terra abaixo
pela face valada do sertanejo
como um boi de arrasto
pisoteia as nuvens escuras
das águas de março.
Um silêncio amargo:
está o sertão à frente,
o homem caminha só,
passa o governante ao largo.
Silêncio.
Poeta e escritor Achel Tinoco.
Foto: Luis Parreira
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