Vou-me apagando lentamente
Como uma lamparina antiga
Que não tem mais que lumiar.
E não há um espaço na mente
Que não seja por tua causa,
De modo não poder sonhar.
Assim, nada resta senão seguir
Por estradas que sejam reais
Em busca de algo verdadeiro.
Outra cobra não me enrodilhe
Nem me envenene, contumaz
À sombra d'um cajueiro.
Se me escapo de tuas presas,
Vou-me levantando devagar
Esperançoso de que amanheça
E eu possa esquecer as rudezas
Ainda que paz tu não a tenhas
E eu, por mim, nunca a esqueça.
Credito: Escritor e Poeta Achel Tinoco
#poesiacontemporanea
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