Foto: Achel Tinoco
Mais uma vez, a mesma coisa. A mesma cidade, os mesmos problemas da véspera do Carnaval. Parece que nada mais importa neste mundo, senão o Carnaval. E a população que se dane, que se exploda de sons, de estruturas, de dificuldades. A festa invade os bairros, as ruas, os ares, e cada ano parece que fica pior e mais impraticável. As famigeradas estruturas, que já vêm enfeiando a cidade há meses, agora se intensificam e tomam as ruas e invadem as praias e nos impedem até de chegar em casa. O trânsito fica impossível. E, apesar das tecnologias, das modernidades, parece que tudo é dificultado para o contribuinte. Será que as coisas não podem ser um pouco mais simplificadas? Por exemplo, é instalada na entrada do meu prédio uma tal cancela eletrônica, como está instalada em quase toda a cidade, que nos obriga a fazer uma maratona para conseguir um adesivo e colar no carro, senão ganhamos de presente da prefeitura uma multa a cada vez que passarmos por uma dessas cancelas. Ora, e os visitantes do interior ou de outros estados que chegarem na cidade na última hora como fazem para não ser penalizados? Na minha opinião, bastaria que se protegesse a entrada da folia, e não quase todos os bairros. E quanto custa tudo isso? E quanto pagamos por tudo isso? O Carnaval é importante, sim, também acho, mas não define as nossas vidas. E todos têm que ter o direito de escolha, afinal, a cidade é a nossa casa, e temos alguns direitos inegociáveis, não? Nem vou comentar aqui sobre os camarotes que tomam a praça pública que deveria ser do povo, mas que é doada graciosamente a alguns poucos ‘povos’.
Matéria: Escritor e Poeta Achel Tinoco
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