Escritor e poeta Achel Tinoco
Ainda bem, existe o tempo:
... O tempo de esperar
E o tempo de esquecer.
Um chuvisco ao relento
Desencadeia o vento,
A tempestade, o escurecer.
Naquele tempo de geada,
Aquela tarde mal amada
À espera de que estiasse.
Na cumeeira da serra,
O tronco se entrega à serra
E desfaz o nosso enlace...
Com o tempo da lua,
A menina se faz nua
E toca o 'boi' ao riacho.
O tempo, a nódoa, o cacho
Da fruta de vez. O criatório
Lá em casa do velho Osório
Impele o canto do sofrê
Empalhado sobre a peça:
Não há tempo que mereça
O amor que dediquei a você."
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