Matéria: Escritor e poeta Achel Tinoco
Tenho em mim uma aflição carente que não desgruda os olhos das lembranças do que fomos, ainda que tenham sido irreais. Faço um silêncio cortante para que não a incomodem meus pensamentos repetitivos. Sinto um desespero angustiante que expulsa dos olhos um rio de águas turvas a me contar outra história. Há tanta tristeza, quanto uma tarde que cai esperando ser cortada por um raio piedoso. Saudade do amor que eu imaginava tão claro e transparente: está escurecido dentro do coração a escutar os trovões duma tempestade que ainda nem chegou. Faz-me tão sozinho, sem vontade de amanhecer. E amanhã não será outro dia: o irmão que não volta; a filha que não tenho; você que se 'despresenteou' de mim.
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