O amor é uma construção.
Uma construção permanente:
prepara-se o terreno,
implanta-se a semente...
São feitas as fundações,
propostas as emoções,
que a obra se adianta.
Levanta-se uma pilastra,
a alvenaria, a massa.
Estuda-se aquela planta!
Quem é o arquiteto? Castra.
Finalizamos a obra? Não.
Meu olhar prega-se no teto,
goteiras no telhado há
e nas paredes, falta paixão.
... Mas quem vai rebocá-las?
Quem vai desfazer as malas?
Dê-lha outra demão de tinta;
duas voltas na formosa quinta
do acabamento emocional
— a flor e o espinho. Pronta...?
Não. Permanente é a construção
do sentimento — a pedra, o pau.
A casa é de papel. Faz de conta:
Estou à espera do teu coração.
Matéria: Escritor e poeta Achel Tinoco.
Obrigado, querida
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