ALMA NÃO TEM COR
Por Rogildo de Oliveira
As noites sempre caíram em descanso
mesmo sabendo que no outro dia
os gritos reprimidos pelos estalos da chibata
até me calavam algumas vezes,
mas, não por covardia...
Os dias pareciam meses,
a minha angustia só crescia,
cada choro em tempestade escorria minha dor,
cada dia acorrentado, uma luta, um clamor...
Os sonhos sempre estiveram ali comigo,
atrás de cada calo nas mãos,
a fé vestia meus pés descalços,
os mesmos que gemiam naquele chão.
Várias vezes caí e um irmão
sempre me ajudou a levantar, quantas vezes sofri
por não vestir a cor dos que se intitulavam de “Senhor”,
mesmo assim, não desisti...
A escravidão foi marcada na minha pele em brasa viva,
mas, a liberdade resplandeceu, sobreviveu e ficou...
E mesmo depois de muito sofrimento,
aprendemos...
“Alma não tem cor!”
Por Rogildo de Oliveira
As noites sempre caíram em descanso
mesmo sabendo que no outro dia
os gritos reprimidos pelos estalos da chibata
até me calavam algumas vezes,
mas, não por covardia...
Os dias pareciam meses,
a minha angustia só crescia,
cada choro em tempestade escorria minha dor,
cada dia acorrentado, uma luta, um clamor...
Os sonhos sempre estiveram ali comigo,
atrás de cada calo nas mãos,
a fé vestia meus pés descalços,
os mesmos que gemiam naquele chão.
Várias vezes caí e um irmão
sempre me ajudou a levantar, quantas vezes sofri
por não vestir a cor dos que se intitulavam de “Senhor”,
mesmo assim, não desisti...
A escravidão foi marcada na minha pele em brasa viva,
mas, a liberdade resplandeceu, sobreviveu e ficou...
E mesmo depois de muito sofrimento,
aprendemos...
“Alma não tem cor!”
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