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A Batalha de Itaparica


Do livro do escritor Achel Tinoco "O conto da Ilha de Taparica


“Se não fossem os itaparicanos? Oxe!, não tinha Brasil, a gente tava era dominado por Portugal até hoje”. Essa certeza é de dona Cassimélia Pedreira Barbosa da Costa, de 91 anos. Para quem vive hoje em Itaparica, depois da batalha que terminou com a vitória brasileira sobre os portugueses, comandados por Inácio Luis Madeira de Mello, não há dúvidas: o que aconteceu na vila naquele 7 de janeiro de 1823 foi decisivo para que o Brasil se tornasse, finalmente, independente de Portugal.
Da janela da casa de paredes cor de rosa, no Largo do Campo Formoso, dona Cassimélia olha cheia de orgulho para o panteão:
“Ele guarda o carro em que o caboclo (o povo) domina a serpente (Portugal) e leva nomes como o de Barros Falcão, João das Botas e Maria Felipa, fundamentais para a nossa conquista”. E prova que, mesmo após o 7 de setembro de 1822, o Brasil continuava sob ataque dos portugueses. Ela acredita, como todos os itaparicanos de alguma forma acreditavam, o Brasil é independente por causa de Itaparica. Tem alguma razão. A ilha foi muito importante em todo o processo.
A Batalha de Itaparica foi um confronto ocorrido na Baía de Todos-os-Santos e praias da Ilha de Itaparica, em 7 de janeiro de 1823, entre o Exército Brasileiro e a Marinha e o Exército de Portugal durante a Guerra da Independência do Brasil. As lutas daquele dia histórico aconteceram também em outros pontos de Itaparica, sobretudo na orla da pequena vila. Comandados pelo tenente João das Botas, os itaparicanos usavam machados, facões, facas, chuchos, e o cansanção para atacar os portugueses. Eles faziam buracos e quando a nau era vista, entravam nessas trincheiras e aguardavam que os portugueses tentassem desembarcar. Além da localização, Itaparica já tinha sua própria fortaleza — o Forte de São Lourenço. Foi lá que Barros Falcão entrou em busca de armas, numa madrugada, sem saber se havia ou não portugueses ali. Não tinha. Na mesma fortaleza, uma bandeira do Brasil Independente foi hasteada em 16 de janeiro daquele ano, apontando a vitória dos baianos.
Apesar de a independência do Brasil ter sido proclamada por Dom Pedro I, em 7 de setembro de 1822, a luta armada prosseguiu na Bahia, com o enfrentamento da resistência portuguesa. As lutas duraram até 2 de julho de 1823, quando, enfim, foi proclamada a vitória baiana. Em janeiro de 1823, a Ilha de Itaparica foi palco da Batalha de Itaparica, triunfo brasileiro fundamental para a vitória na guerra.

Foto: Luís Pereira

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