Não tenho motivo para sorrir,
Mas às vezes, às vezes sorrio
Quando deságua um velho rio
E se empoça dentro de mim.
Traz de ambas as margens
Um riso chocho, sem valia,
D’uma correnteza que se ria
De duas baronesas lilases.
E tudo, tudo o que me resta
São águas passadas desta
Sua natureza-morta de rir.
Que não se vê e nem se chora
Mas de repente vai embora
Quando eu estou por vir.
#sonetos #poesiabrasileira
Escritor e poeta Achel Tinoco
Obrigado, querida!
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