Dedicatória

                   Poema 

Escritor e poeta Achel Tinoco 

Morrerei numa noite amena

De um setembro qualquer,

Mas nem a primavera

Sentirá a minha falta.

Ah, sim, o choro outonal

Por sete dias em pauta,

E um minuto de silêncio

Por tudo o que penso,

Mais tardar, outra vela

Acesa no dia seguinte

Quando a dor de existir

Já não encontre ouvinte.

E lá pelas seis

Alguém há de dizer

Em voz alta um verso meu.

E o outro dirá, por sua vez,

Eu não passava de um ateu

Que nem uma filha deixei.

Não sabe que levarei no peito

A única filha que eu amei

E por isso sou completo

Como este poema incerto

Que somente a ela dedicarei.

Comentários

Anônimo disse…
Obrigado, querida. Poesia pro povo kkk

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