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Sabedoria e humor arte nos ditados populares

 

Os ditados populares são como aquelas receitas de família que todo mundo adora, mas ninguém sabe exatamente de onde vieram. Eles trazem consigo uma carga de sabedoria que percorre as gerações, como uma velha canção que não sai da cabeça. Quando perguntei à minha tia de 83 anos para me contar um ditado, ela soltou: "quem não tem cão caça com gato". Isso me fez rir e pensar que, na verdade, é tipo uma justificativa para quem precisa improvisar para conseguir o que quer. É claro que, em outras palavras, a vida é feita para quem se vira, e a criatividade é a chave para o sucesso. Quem precisa de um cão quando se tem um gato que pode, eventualmente, até ajudar a caçar? Ou não?! O que significa "quem não tem cão caça com gato". Este ditado, além de engraçado, é profundo! Ele nos diz que na falta de recursos, a inovação e a adaptabilidade são essenciais. Isso é algo que muitos de nós vivenciamos, principalmente em tempos difíceis. O fato é que se você não tem as ferramentas adequadas, deve achar alternativas - ainda que possa parecer um tanto quanto insensato. Como dizemos: se a vida te dá limões, faça uma limonada. Mas se não tiver açúcar, tente fazer uma limonada azeda com bastante atitude!

Agora, quando perguntei ao meu garoto de 11 anos, ele soltou duas pérolas: "cavalo dado não se olha o dente" e "mentira tem perna curta". Eu não sei de onde ele tirou essas frases, mas fiquei impressionado! A primeira quer dizer que, quando a gente recebe algo, não devemos ficar fuçando a qualidade do que nos foi dado. Já a segunda é como um alerta para os mentirosos: a verdade sempre aparece - como aquele brinquedo perdido que você finalmente encontra quando não está mais procurando. Isso demonstra que os ditados populares ultrapassam gerações.

Antigamente, os ditados eram a forma como pais e avós ensinavam e orientavam seus filhos. Eram como pequenos tratados sobre como viver a vida, sem necessidade de longas explicações. Ditados como "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura" falam sobre a importância da persistência. Essa sabedoria passa de geração a geração, até que chega a hora de você passar para seu filho o que significa "dar o golpe do baú".

Os ditados populares não só nos ensinam, mas também nos ajudam a entender o contexto cultural de uma sociedade. Eles são como fotos antigas em um álbum. Frases como "roupa suja se lava em casa" são específicas para nos lembrar que certos conflitos não precisam ser tratados em público. E, claro, todos conhecemos alguém que se esquece disso e acaba criando um drama no meio da festa!

Outra coisa fascinante é como ditados variam de região para região. Enquanto um ditado pode ser renomado em uma cidade, ele pode ser completamente desconhecido em outra. Por exemplo, a famosa frase "dar o golpe do baú" é bem conhecida quando se fala de casamento interesseiro. Cada região tem suas próprias adaptações, mas a essência é universal. É como fazer uma pizza: todo mundo ama, mas cada um tem uma receita única!

Mas tem ditados que são quase exclusivos de uma determinada região, a exemplos  "se macumba ganhasse jogo campeonato baiano terminaria empatado", frase dita por habitantes de outros estados quando falam de futebol na Bahia e, essa mais dita no sul do estado do Rio de Janeiro, " raposas de luvas não chegam às uvas", para lembrar aos metidos que gostam de detalhes em excesso na execução de tarefas mais simples.

Hoje em dia, mesmo com toda tecnologia e evolução, muitos desses ditados ainda fazem parte de nosso vocabulário. Eles nos ajudam a navegar pelas situações cotidianas de forma bem humorada. Afinal, quem nunca ouviu "se a esmola é demais, o santo desconfia" em uma conversa sobre ganho fácil? Ao final do dia, os ditados populares continuam sendo uma forma deliciosa e divertida de refletir sobre a vida, mostrando que, apesar das mudanças, a sabedoria humana se mantém firme e forte como um brinquedo perdido embaixo da cama.


 Wesley Faustino, pesquisador, historiador,  escritor, host do PodCastdoChefe,  especialista em Gestão Pública e Gestão Ambiental e ex-vice-prefeito de Ubatã. Muitos me perguntam o motivo que encerro sempre assim meus escritos. Digo  "Quem não é visto, não é lembrado",  expressão pode ser usada para reforçar a importância de você investir em seu marketing pessoal. Seu significado é bem simples. Se você quer ser reconhecido por alguma coisa, precisa garantir que as pessoas saibam quem você é.

 Fonte: www.interiorano.com.br

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