Matéria: Escritor e poeta Achel Tinoco
A casa me parecia tão grande, tão cheia de gente, tão viva!
Em 1918, quando desmontou na região que hoje compreende a cidade de Ibirataia, Manoel Tinôco de Miranda, meu avô, então com 41 anos, encontrou uma área ainda muito fechada, de brenhas virgens, às margens do Rio da Formiga, ocupada pelos índios tapuias. Viera a convite de um amigo, que lhe escrevera contando sobre uma região próspera, lotada ao sul da Bahia, onde uma nova cultura, de frutos grandes, cheios de amêndoas — o cacau —, rendia exageradamente, e um homem podia galgar fortuna da noite para o dia.
A fortuna física foi varrida para bem longe... Mas ficou uma riqueza incalculável de lembranças, de saudade, de alegria de pertencer a essa gente boa, batalhadora, honesta, que nos espera sempre com um sorriso e muitas graças; que tem sempre outra história para contar.
"Viver para contar."
Vamos contando.
Comentários
Postar um comentário