Em dezembro o mais novo livro do escritor Achel Tinoco "O conto da ilha de Taparica" será lançado.
Por volta da década de 1850, José Severo Martins Braga e Marcos Theodoro Pimentel, já libertos, continuavam residindo na vila de Itaparica. Esse foi um período que se revelou decisivo para a história da indústria baleeira no Brasil, pois foi um tempo em que as antigas e pujantes armações de caça e desmancho dos cetáceos entraram em declínio, dentre outros motivos por conta do fim do tráfico de africanos escravizados e a diminuição dos animais na Baía de Todos-os-Santos.
Desde aqueles tempos da implantação das armações de caça e beneficiamento do óleo da baleia em Itaparica, sempre houve uma concentração de mulheres ganhadeiras, de escravos e homens livres dedicados à pescaria e à baleação nas imediações e nos distritos da povoação. Ali, africanos costumavam se comunicar na língua nagô e a ensinavam aos nascidos no Brasil, enquanto compartilhavam a rotina laboriosa de atracar embarcações, tratar o pescado e desmanchar baleias nas imediações urbanas. O caminho para uma possível ascensão social e econômica estava mesmo na dedicação às atividades da baleação, mas eram anos ainda bastantes difíceis. Quando um liberto envolvia-se com esse ramo de atividade, geralmente começava a construir uma vida menos sofrível e extenuante. Contudo, era um investimento de médio e longo prazo, sendo a aquisição dos instrumentos de trabalho e embarcações para a perseguição ao animal uma demanda onerosa só passível de recuperação com o passar dos anos e com boas temporadas de aproximação das baleias na Baía de Todos-os-Santos.
Crédito: Achel Tinoco
Foto: Rede social
Por volta da década de 1850, José Severo Martins Braga e Marcos Theodoro Pimentel, já libertos, continuavam residindo na vila de Itaparica. Esse foi um período que se revelou decisivo para a história da indústria baleeira no Brasil, pois foi um tempo em que as antigas e pujantes armações de caça e desmancho dos cetáceos entraram em declínio, dentre outros motivos por conta do fim do tráfico de africanos escravizados e a diminuição dos animais na Baía de Todos-os-Santos.
Desde aqueles tempos da implantação das armações de caça e beneficiamento do óleo da baleia em Itaparica, sempre houve uma concentração de mulheres ganhadeiras, de escravos e homens livres dedicados à pescaria e à baleação nas imediações e nos distritos da povoação. Ali, africanos costumavam se comunicar na língua nagô e a ensinavam aos nascidos no Brasil, enquanto compartilhavam a rotina laboriosa de atracar embarcações, tratar o pescado e desmanchar baleias nas imediações urbanas. O caminho para uma possível ascensão social e econômica estava mesmo na dedicação às atividades da baleação, mas eram anos ainda bastantes difíceis. Quando um liberto envolvia-se com esse ramo de atividade, geralmente começava a construir uma vida menos sofrível e extenuante. Contudo, era um investimento de médio e longo prazo, sendo a aquisição dos instrumentos de trabalho e embarcações para a perseguição ao animal uma demanda onerosa só passível de recuperação com o passar dos anos e com boas temporadas de aproximação das baleias na Baía de Todos-os-Santos.
Crédito: Achel Tinoco
Foto: Rede social
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